Dermatite
atópica é um dos tipos mais comuns de alergia cutânea. É uma
doença genética, inflamatória e crônica que pode acometer
crianças a partir de 2 meses de idade e adultos.
Caracteriza-se
por pele seca, erupções (eczema) que coçam e apresentam crostas
(áreas espessas ou parecidas com couro) que podem vir a descamar,
também pode ocorrer alterações na cor e vermelhidão. A coceira
pode levar a lesões da pele pela unha, o que torna comum
contaminação das feridas por bactérias ou fungos.
Os
eczemas geralmente aparecem nas dobras dos braços e na parte de trás
dos joelhos, em bebês também podem surgir no rosto (principalmente
bochechas) e couro cabeludo.
São
considerados fatores que aumenta o risco de desencadear crise:
alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais; contato com
materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias
ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e
produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético;
baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; e certos
alimentos.
O
tratamento da dermatite atópica tem como objetivo o controle da
coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das
recorrências. O tratamento inclui uso de hidratante específico para
peles sensíveis (ex. Cetaphil, Fisiogel, Eurecin, Umiditá, etc)
várias vezes ao dia, principalmente quando a pele estiver seca. Em
certos casos, é necessário uso de anti-histamínico e pomada para
uso tópico. OBS.: não use medicação (principalmente em criança)
sem indicação médica!
Banhos
quentes e longos devem ser evitados. O ideal é tomar ducha de morna
para fria, pois a água quente resseca ainda mais a pele. Também
deve-se usar sabonetes neutros preferencialmente sem fragrância e
corante. É importante evitar uso de amaciante e utilizar sabão
neutro de coco nas roupas.
Minha
experiência
Tenho
dermatite atópica diagnosticada há 6 anos. Infelizmente, meu bebê
“puxou” essa doença de mim. No caso dele, foi diagnosticado por
uma alergista que o trata faz uns 40 dias, e melhorou muito. Faço
uso de hidratante no baby SEMPRE pós banho (noite) e pela manhã, e
ajuda muito. Também tivemos que fazer uso de anti-histamínico.
Como
começou no bebê? Inicialmente percebi que ele tinha a pele seca em
algumas regiões, no rosto, pescoço, joelhos, pés e couro cabeludo.
Conversei com a pediatra que me indicou uso de óleo para hidratar.
Usei durante um bom tempo, mas não funcionava muito. E assim foi
passando os meses, apenas com a pele ressecada, depois a pele seca
começou a ficar com aspecto cada vez mais áspero e grosso e eu já
fiquei com a pulga atrás da orelha, pois conheço muito bem um
eczema (por experiência própria), comentei novamente com a
pediatra, que me disse que se tratava de dermatite seborreica e que
não deveria mais usar hidratante e sim lavar o rostinho várias
vezes ao dia. Não me convenci, mas fiz conforme orientado, e o baby
foi só piorando, e eu cada vez mais preocupada e ansiosa, porque via
o bebê se coçando até arranhar sua pele frágil e sangrar (mesmo
com as unhas bem aparadas) e aquilo me doía por dentro, vendo ele
sofrer. Então, por conta (e instinto de que tinha algo a mais),
marquei consulta com a minha alergista, que me trata há anos, ela é
maravilhosa. E hoje consigo ver que fiz a coisa certa! Já na
primeira consulta, ela avaliou o nenê e diagnosticou dermatite
atópica, porém não o medicou, pois aplicou o Patch (teste) nas
costas dele para os 5 alimentos que tem maior incidência de
alergias, são eles: soja, leite, trigo, ovo (clara e gema). Ao
retornar no consultório para análise do exame já foi constatada
alergia a gema e clara do ovo. Fiquei muito feliz que não foi o
leite pois até agora (9 meses) é o principal alimento do bebê.
Mesmo tendo esse resultado, a médica ainda aplicou o Prick (teste)
no braço com os mesmos alimentos, e foi confirmada a alergia a clara
e gema de ovo. Então, finalmente tínhamos um diagnóstico e um
tratamento adequado. Além do bebê não poder comer nada que vá
ovo, naturalmente, mamãe que amamenta também não pode comer (tchau
a pão caseiro, massas, salgados de padaria, panqueca, bolo, etc.),
mas vale a penas quando você vê seu filho melhorando com o passar
dos dias. É uma restrição gratificante.
Essa
é minha história, está passando por algo parecido? Deixa um
comentário para podermos trocar experiências! Até a próxima.